segunda-feira, 27 de julho de 2009

Seminário de Programas de RI e Projetos de Clubes das regiões 5 a 8 em Aparecida

Palestras com 20 minutos de duração. Esse foi o formato do “Seminário de Programas de RI e Projetos” realizado na Casa da Amizade, em Aparecida, no sábado dia 25. Ao falar, o governador do Distrito 4600, Ettore Dalboni, condenou os rompantes de vaidade dentro dos clubes e exortou os rotarianos a serem tolerantes com a opinião alheia – para ele, o melhor caminho para a manutenção e crescimento do Quadro Social. Num discurso curto, porém articulado, o governador deixou escapar frases que sintetizam sua preocupação com clubes harmônicos, empenhados em executar projetos e expandir-se numericamente.
Usando um verniz diplomático, o governador disse que o ego e visões secundárias não devem constituir-se em obstáculos, que atrapalhem o andamento dos projetos. Dalboni chegou a citar Paul Harris, como exemplo de indivíduo que buscou a tolerância até o fim da vida. “Em nossas relações, temos que aprender a contar até 10”, afirmou. Depois ainda revestiu a oratória de pelica ao condenar a vaidade – um defeito que perece sem produzir bons frutos: “O que somos nós, senão um flash diante da eternidade?”, indagou. O Seminário contou com a participação de 64 rotarianos de 18 clubes. Na plenária, havia 11 presidentes de clubes que pertencem às áreas 5,6,7 e 8. Campos do Jordão foi representado por Fabíola Chung e Roberto Bretanha. Veja abaixo um resumo do que foi apresentado em cada painel:

Intercâmbio Internacional de Jovens – Palestrante Renato Azevedo
Lembrou que o as primeiras experiências de intercâmbio aconteceram nos anos 20, dentro da Europa. Os EUA fizeram sua primeira experiência em 1958. Em 1972 o intercâmbio ganhou o status de Programa Internacional do Rotary Internacional. Atualmente, 80 países realizam intercâmbio, possibilitando que anualmente oito mil jovens conheçam a cultura e a realidade de outras nações. No Brasil, no ano de 2008 o programa possibilitou que 1.800 jovens conhecessem as nuances que marcam uma sociedade construída em parâmetros culturais diferentes. Renato Azevedo destacou que não basta querer participar: é preciso ter o perfil que o programa exige. A começar pelas notas escolares, que devem ser acima da média. Ele também ressaltou que no treinamento que antecede ao intercâmbio, o jovem recebe orientações para lidar com o choque cultural, a ansiedade e a saudade de casa. O palestrante elogiou Pinda pelo bem sucedido desafio de enviar um jovem carente, para um intercâmbio de longa duração na Tailândia. O Clube bancou todas as despesas do participante. Guararema também foi citada por mandar três jovens ao exterior – os três de baixa renda. Para o ano que vem, há três destinos confirmados àqueles que desejam participar do programa de longa duração: Turquia, África do Sul e EUA. Possivelmente a Alemanha irá somar-se a esses três países.

Intercâmbio Rotário da Amizade – Palestrante Thery Mcintyre
Natural de Montana (EUA), Terry explicou que o Intercâmbio da Amizade começou em 2007. O programa permite que os rotarianos e seus parentes viajem a outros países e mergulhem na realidade da nação escolhida. Em contrapartida, os participantes se prontificam a receber companheiros do exterior. As despesas se restringem à passagem aérea, seguro saúde, presentes às famílias anfitriãs, gastos pessoas e às viagens internas de iniciativa da pessoa. Os formulários para participar do Programa encontram-se disponibilizados no site do Rotary. Quem sem interessar pelo intercâmbio pode obter mais informações com o companheiro Thery.
Interact e Rotaract – Palestrante Marcelo Oliveira
Com 37 anos, Marcelo entrou no Interact aos 10. Ele destacou a difusão de valores, a partir do Interact: ética, moral, disposição de servir, capacidade para cooperar. Lembrou que o Interact possibilita o desenvolvimento da liderança, do relacionamento interpessoal e permite o aperfeiçoamento da oratória e até traz noções de como preparar um cerimonial. Lembrou que o Interact é um laboratório, para que os jovens possam aprender a lidar com os erros sem traumas. “No mercado de trabalho, esse aprendizado é muito duro”, assinalou Marcelo. O palestrante afirmou ainda que os jovens de hoje têm uma sobrecarga de cursos e atividades, mas que dificilmente algo dará mais preparo e amadurecimento que o trabalho voluntário. “Cada vez mais, as empresas valorizam pessoas que já tenham se engajado em programas como o Interact”, frisou Marcelo. Ele acrescentou que muitas vezes uma pessoa ingressa no Rotary e fica três ou quatro meses. Já quem passa pelo interact ou Rotaract tende, a no futuro, ser um rotariano para toda a vida.
Marcelo ainda salientou que o Interact é uma escola de vida, que ajuda a formar jovens comprometidos e engajados na sociedade.

NRDC - Núcleo Rotary de Desenvolvimento Comunitário – Élcio França
Consiste no envolvimento dos rotarianos com as lideranças dos bairros periféricos, para que conheçam as carências mais prementes do local. O objetivo é melhorar a qualidade de vida da comunidade. Tenta-se envolver não só os líderes – no mínimo oito –, mas também grupos específicos como as dos aposentados. As reuniões acontecem em paróquias, prédios públicos e, se houver necessidade, até em praça pública. Faz-se uma análise do cenário e das soluções que devem ser buscadas. O exemplo citado foram os atropelamentos semanais de crianças, que aconteciam numa área de Volta Redonda (RJ). Com a liderança do Rotary, a prefeitura desapropriou uma área e teve início a construção de um centro de lazer. Um deputado conseguiu uma verba para o projeto, empresários da cidade doaram material de construção, membros da comunidade se ofereceram para exercer ofícios gratuitamente (pedreiro, carpinteiro) e, enfim, o projeto saiu do papel e os atropelamentos praticamente cessaram. A universidade local também enviou profissionais da área de saúde para desenvolver vários programas complementares no centro de lazer.

Ryla – Prêmio Rotário de Liderança Juvenil. – Maria Eloísa Greco
O Ryla tem como objetivo selecionar jovens que possuam uma liderança nata, para que possam absorver conceitos de ética, valores morais e compreendam a importância do servir. Dessa forma, os participantes não precisam ser filhos de rotarianos. “Nossa meta é formar líderes para o bem”, disse Eloísa. Ela destacou que os encontros se distinguem pelo alto grau de dinamismo. Tudo o que é difundido ao longo do encontro, se processa de forma sutil, porém com grande potencial de influenciar os jovens. Segundo Eloísa, há inúmeros depoimentos de jovens que afirmam ter reavaliado sua postura em relação à vida, após participar do projeto. “O Ryla traz auto-reflexão crescimento”, disse.

Serviços à Comunidade – Moacyr Peixoto
O governador eleito, Moacyr Peixoto, disse que a área de serviços à comunidade anda um pouco esquecida dentro dos clubes e elencou exemplos de trabalhos realizados em Taubaté. Mencionou trabalhos em asilos, em bairros rurais e em áreas favelizadas.

Discurso do Governador Ettore
Em seu pronunciamento, o governador Etore Dalboni enfatizou que a tolerância deve ser cultuada dentro dos clubes, como uma forma de neutralizar as discordâncias que possam atravancar o andamento dos projetos e comprometer a evolução do quadro social. Como já fez em outras ocasiões, o governador citou Paul Harrys como um exemplo de indivíduo tolerante.
Num primeiro momento, o governador lembrou que o passaporte para o Rotary, é a atividade profissional desempenhada pelo indivíduo. Nesse sentido, disse, ingressam na organização aqueles que mais se destacam – os líderes. Por natureza, explicou o governador, são pessoas que possuem várias qualidades, dentre as quais a capacidade de transigir e mostrar serenidade quando exigida. “Há várias formas de praticar a liderança: na pessoa do presidente que conduz a reunião, na secretária que mostra eficiência em dar respaldo ao trabalho do presidente e quando cada um de nós consegue ser tolerante com o outro, em momentos de discordância”.
Implicitamente, o governador criticou as demonstrações de vaidade, que acabam dispersando a energia que deve ser alocada aos projetos e ao companheirismo. Numa crítica velada às demonstrações de ego, que não trazem resultado a algum, o governador indagou: “O que somos nós, senão um instante diante da eternidade?”.
Depois, ainda citou Paul Harrys, que perseguiu a tolerância durante toda a sua vida. Ainda assim, o fundador do Rotary almejava ter desenvolvido essa qualidade ainda mais do que havia conseguido.
Dalboni disse ainda que os rotarianos precisam saber aceitar a crítica do outro. “Ninguém é dono da verdade absoluta e por isso sempre temos que estar abertos ao diálogo”, frisou. Segundo ele, o espírito aberto constitui um caminho seguro para que o quadro social se mantenha estável e crie bases para a ampliação. O governador aproveitou para ressaltar sua meta para o Quadro Social, durante sua gestão: chegar a 1.500 sócios no Distrito.
Dalboni ainda também fez uma crítica amena aos clubes que mantém o mesmo presidente, por vários anos seguidos. “Tem casos de Rotary Club que o presidente está no cargo há quatro anos. Por que isso acontece? Precisamos renovar nossos quadros de liderança e quem está presidente tem o dever de preparar o seu sucessor”, concluiu.
Enviado pelo Co. Roberto Carlos Bretanha de Oliveira

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